
A chuva cai
O pedreiro trabalha
A criança chora
Os velhos relembram passados
Os amantes se amam
O motorista dirige
O poeta vive
Por tudo isso a vida é vida
E cai a chuva
E trabalha o pedreiro
E chora a criança
E relembram passados os velhos
E se amam mais ainda os amantes
E dirige o motorista
E O poeta vive.
A chuva ameniza
O pedreiro descansa
A criança se acalma
Os velhos resolvem ver o agora
Os amantes se amam com mais intensidade do que nunca visto
O estaciona o motorista
O poeta vive
Se tudo tem seu ciclo, por que o poeta não o segue?
Porque é enfeitiçado pelo poder das palavras. Porque sua vida é viver, sentir e escrever. Não necessariamente nessa mesma ordem. Se seguir seu ciclo, ele morre. O mesmo não se conforma com esse injusto fim. Já viu algum bem-dizer essa que o priva de escrever? Digo, de viver.
A única regra que aceito é a de respirar, pois só assim posso viver, sentir e escrever. Quando não quiser mais a obedecer, solução fácil, vou-me embora daqui.
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