quinta-feira, 5 de julho de 2007

Ele, somente ele

Você lerá uma história que mudou minha vida. Não é um simples relato, é uma experiência vivida. Sabe quando você se vê enfeitiçado, encantado por um sentimento que te domina? Que toma seu ser? É isso o que me aconteceu. Antes de tomar conhecimento de sua existência, eu vivia livremente, inocentemente, a vida fluía. Um dia tive o meu primeiro contato com ele. No começo era pouco atrativo, não via muito interesse em ficar muito tempo com ele. Os anos foram passando, o conheci melhor. Até um dia em que ele veio para minha casa. Entrou no meu quarto como quem não quer nada, me desafiando. Eu, como sou um pouco teimosa, admito, provoquei-o para var até onde ele iria chegar. Às vezes ele voltava, às vezes não. Confesso que ficava admirada com sua capacidade de atrair as pessoas. Nossa relação foi ficando mais forte, foi crescendo. Eu crescia, ele crescia também. Ainda me provocando, ainda me desafiando. Eu, como disse, teimosamente não fugi de seus joguinhos. Sou um tanto tinhosa em relação a desafios, mas com ele, com ele foi diferente. Ele me seduzia a cada olhar meu. Quando estava fora, imaginava meu regresso, o que iria contar a ele, o que ele iria me mostrar. Meu coração palpita quando escrevo essas coisas, pois nunca relatei isso a ninguém. Mas ele sabe o que sinto. Ele me conhece mais do que eu mesma. Hoje sei que faço parte dele. Ele me dominou, me seduziu, não sei mais o que faria se ele não estivesse do meu lado. Virou parte de mim e eu dele. Hoje somos um único ser. Uma única criatura, uma única maneira de viver. Já me disseram para não ter tanta dependência assim. Quando ele se for, ficarei perdida. Sei que posso conseguir outro, mas não será a mesma coisa. Não será o mesmo. Quando chego perto dele, minha atenção toma uma única direção, meu coração palpita, minhas mãos suam, minhas pernas não se contentam com uma só posição. Me desligo de mim e me conecto a ele. Passo a ser uma outra criatura, um tanto irreal, mas uma outra criatura. Ele me dominou. Me seduziu. Não vivo mais sem ele. Tornou-se parte de mim.
Faço uma pergunta a você, caro leitor. De quem pensa que falo? Ou melhor. Do que pensa que falo? De um homem? Não. Meu computador.

Nenhum comentário: