quinta-feira, 5 de julho de 2007

Família real

São várias pessoas. Eu dou muitos passos. A vida é contínua, seguindo o tempo indissolúvel. Rostos são amigáveis, as palavras são gentis, mas só o Grande Mestre nos mostra realmente o que há de real nessas relações inter-pessoais. Sejam táteis, sejam virtuais. Não me importo. Dou-me por inteira, coração aberto, braços estendidos, ombros à disposição, palavras de consolo, mãos para acalentar o choro de um amigo necessitado. Digam, podem dizer! São muitas vozes que me alertam. “Só o berço é duradouro”, “sobrenome nada consegue desatar”. Estupidez! Família é composta por pessoas do coração, não por genes compatíveis. Isso é genética, oras! Só agora sou livre, sou eu, sou inteiramente feliz. Sim, sou feliz, não mais me aprisiono. Sinceramente, não foram os genes que me libertaram. Foram os intrusos, muito amados, do meu coração.

O termo “família” é derivado do latim “famulus”, que significa “escravo doméstico”.

O Grande Mestre é o tempo, as durações.

"Família" real, sem hierarquias, apenas coração.

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