sábado, 12 de maio de 2007

Auto-significação

Melancolia. Seria este meu verdadeiro nome? Receio que sim, mas espero que não. Sou como Mona Lisa e seu misterioso sorriso. Espero que consigam desvendá-lo, assim entenderão o que digo. Inconstante seria meu sobrenome. Peralta alegria que me invade e depois se esconde, mostrando a todos os meus verdadeiros desejos não alcançados. Daí lembro meu nome. Esperança seria meu apelido. Onde está o escultor da minha alma? Desculpe-me mestre da razão por excelência, mas "penso (demais) logo existo". Minha proveniência é platônica cartesiana, onde somente vivo no mundo das idéias, pensando, apenas existindo. Quando viverei no concreto? Sinto que mudaria de nome.
Felicidade iria me chamar. Amor seria meu sobrenome. Amada seria meu apelido.
Desconsidere estas palavras, são apenas desejos de quem nunca existiu na vida que deseja. (Inconstante seria meu sobrenome).
Mulher, menina madura que insiste em se mostrar no tempo. Casca, pois criança ainda é no interior de mim. Hipócrita, pois ainda vivo no universo dos prazeres que nunca senti. Insaciável, pois rouba o olhar de pessoas e despreza seus corações. Iludida, pois jamais existiu verdadeiramente neste vasto mundo, apenas desejou transparecer em uma menina com alegria peralta, alma de flor, desejos alienados neste mundo solitário, que é só seu, pois ainda vive sozinha, insaciável, hipócrita. Apenas rima, e não solução.
Prazer, Melancolia.

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