terça-feira, 19 de junho de 2007

O exorcismo de Iara

Iara, desapodere-se de mim. Minha doçura é seu canto. Minha meiguice é seu veneno. Com os alheios, cativa suas almas e despresa seus corações. Não sou eu, escute bem! És demônio, Iara. Te apoderates de meu corpo. É a sede de poder que explica teus atos. O que faço não é meu. Me possui, e por mais que me agrade a conclusão dos fatos, eu me culpo pela negligência posterior. Vá embora e não volte mais! Eu ordeno que não destrua mais um coração cativo! Os afetos são flores que quando presentes encantam os jardins do ser. Quando desacreditados detonam os brilhos dos corações. Por isso, Iara, te imploro. Não te aproximes mais de meu ser! Deixe-me cultivar os corações de minha maneira! Teu castigo será tua solução. Gravarei teu canto e escutarás. Encantarás a ti mesma e terminarás como Narciso. Viverás sozinha e me trará a liberdade de viver a completa felicidade.

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