sábado, 17 de maio de 2008

Acordemos

“Que lhe brote muito verde lhe visite muito novo e a lembrança da seiva não seja desta última faca enferrujada de velhice mas apenas das épocas de bons frutos” Para a amiga colorida CORTADA - H.G.
Que o meu verde seja puro, produto da luz que ilumina meus desejos e de meu eu, o qual me surpreende a cada instante; Que a visita de todos os novos me sejam presentes, me tragam lembranças e modifiquem parte de mim, porém apenas se eu consentir; A lembrança da seiva explicita cada vez mais o desabrochar de uma menina que não ama por já ser mulher; Nossa faca enferrujada foi produto das maiores necessidades do universo, água e ar. Uma busca por sempre não interrogar ações nos remeteu sempre às mesmas condutas, com as mesmas intenções. Por quê? Existe então algo de tão puro dentro de mim? As causas da ferrugem sustentam nossa vida incolor, deixando para outrem o papel de nos colorir. Que sejam elas também adubo de uma inquietante amizade, consensual e confidente. Seguimos então a via de regras, andando sempre em frente, buscando com toda voracidade nossa Dama. Ela, que virá um dia se fazendo presente, há de nos libertar de fortes normas, pois nós sozinhos não nos consentimos. Um dia, quem sabe, voltaremos para trás... Porém com toda a liberdade que teremos em caminhar. Alto... Imensamente alto. Mesmo nas pontas das tranças, cheias de encontros e desencontros, o CORTE sempre as fortificará.

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