sábado, 9 de fevereiro de 2008

O Retorno

Embora estivestes tão vazio, misterioso, velavas meu sono, ouvias meus gemidos noturnos inconscientes, espionavas o desabrochar de meu corpo nos dias de inverno. Inevitável, pois foi ter contigo, macular teu falso silêncio em tantos suspiros de histórias. Eras tu que sussurravas nas noites quentes, provocavas meu desprezo para que eu olhasse debaixo de mim. Enfim tu arrancaste o silêncio que me sufocava provar o sabor de macular tua ausência. Saliente agora estás, regozijastes a minha volta para me perder em ti, concomitantemente em mim. Tu que ao mesmo tempo sois meu reflexo, feliz me fez, pois trouxestes novamente teu reino das possibilidades para me encontrar. Tanto tempo sem nos tocarmos foi de grande valia, porém me perdoe se novamente eu te abandonar. Tu que sois meu querido confidente, nascido para o meu devir.

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