domingo, 16 de setembro de 2007

O mais velho novo.

Tudo é novo. Tudo deve ser novo. O homem contemporâneo é assustado, ansioso, moderno, futurista. Retroceder é pecado, mesmo não existindo tantos pecados ultimamente. O homem busca o novo, o velho é irracional, estranho, inútil. Novo. Novo. Novo. Tudo agora deve ser atualizado, tudo deve ser virtual, a vida é fulgaz. Pressa, compromissos, estresse, novo, moderno. Livros só se forem nos ônibus, todos agora têm seus mp3, seus ipods, o silêncio é incômodo, atrapalha a ansiedade, atrapalha a escuta interior. O interior é pecado, ouvir o interior é velho. Papel é inútil, tudo é virtual, porque é novo. Celular se vê nas esquinas, máquinas digitais são quase de graça. A moda agora é de avançados megapixels, a moda agora é mp4, a moda agora é moda. Viva o novo, despreze o velho. E assim o homem contemporâneo vive. Com pressa, correndo, estressado, compromissado, virtual, deprimido. Não possui mais tempo para si, não possui mais tempo para papel. Tempo? O que é isso? As árvores agradecem, os pobres não. Os pobres ficam mais pobres com o novo, se endividam para estarem atualizados. Porque o novo agora é moda, o novo é o que presta. Novo. Novo. Novo. Crianças hoje são adolescentes, adolescentes são adultos e adultos já possuem sintomas de velhice. Os velhos? Interne, não servem mais para nada, são velhos. O que eles não sabem é que se envelhece a cada momento. O novo só existe por um instante. O novo que me referi anteriormente já é velho. Nisso o homem moderno surta. Novo. Novo. Novo. Busque sempre o novo, assim ele jamais desaparecerá. Novo. Novo. Novo. Todos eles agora estão velhos. O presente é inútil, o futuro é a busca. É tentar secar gelo. O que o homem contemporâneo teme pensar é que assim crescem os números de depressões, síndromes do pânico. Graças à incessante busca ao novo. Depois da morte não existe tempo, não existe novo, não existe velho. Acho que é por isso que a morte é o maior medo da humanidade. Porém a vida acaba. Tudo é rápido, não há tempo. Até que chega a morte. Enfim, o fim.

2 comentários:

Tássio Ventorin disse...

pois é...
nem sempre o vento nos leva pra onde queremos ir...
e lutar contra ele é bem dificil tb..

mas achei esse texto muito bom vivi...

bjos

Anônimo disse...

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