domingo, 17 de fevereiro de 2008

A última carta da virgindade

Como um filho edipiano eu te quero. Quero que me possua como a última das mulheres, que no calor de nossos corpos saltitantes, venhas para meu colo encontrar seu refúgio. Que procures em meus seios o néctar do desejo, que brinque com minhas pernas como se nenhuma outra estivesse em suas mãos. Que em minha boca você procure palavas que nunca foram ditas e jamais serão. Que meus cabelos sejam apoio para os altos e baixos de nossos corpos. Que nosso suor seja produto de sons jamais escutados com tanta força, tanto clamor. Que ao final da madrugada, nossas pernas estejam entrelaçadas, dormentes e formigantes. E quando eu voltar para meu ninho, não direi uma só palavra, pois de um filho, passastes a ser o meu primeiro homem.

Um comentário:

Anônimo disse...

Uau !!