Atos Falhos de um Eu
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Passaportes Desexistenciais
Viajar e despertencer a todas as certezas do mundo é abrir-se ao inesperado que formata o universo e toda essa agonia gostosa, sedutora, que a gente chama de vida. Deixemos as convenções aos certos e abramo-nos às incertezas mais certas que compõem nossos instantes eternos tendo em mãos, imprescindivelmente, nossos passaportes. Pois, ao passarmos pelas vidas que vivemos (seja no presente do indicativo ou pretérito perfeito), portamos aquilo que nos compõe a cada fascículo de nossa existência. Então. que seja carimbado nas margens dos territórios por ali passados ou sonhados: ôde à criação e à invenção, ôde ao despertencimento do si, ôde a meus múltiplos !
terça-feira, 5 de junho de 2012
Carta de reconciliação
Musicando
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Bola de sabão

Tudo era a mesma rotina, seus desejos e anseios sempre conflitando-se, mas ambos impedindo-a de ter finalmente seus pés no chão.
Existia um mirante que tanto lhe dava calma. Ele a maravilhava, pois havia lá o encontro do céu com o mar. “É bem apertadinho”, dizia ela, “mas está lá! Eu vejo! Você não vê?” .
Um dia, um dia bem qualquer daqueles em que você se pergunta o porquê do mundo ser tão bege, lhe surgiu uma epifania. “Entre o céu e o mar... lá estou eu de verdade!”. E lá se foi desvairadamente se encontrar com suas duas paixões: o mar e o ar.
Tantas aventuras, tantos casos a contar, tantas pessoas conheceu... mas nada a fazia chegar aonde queria. E lá se vão mais aventuras, e lá se vão mais e mais desafios, lá se vão mais pessoas... ela não chegava aonde queria.
Cansada, frustrada, desmotivada, ela voltou... e se deu conta de que as paixões da vida são feitas daquelas bolhinhas de sabão de quanto éramos crianças: quanto mais se pula para alcançá-las, mais alto elas vão... não duram pra sempre.